Vítor Pereira divulga novas regras para evitar ruído na arbitragem


Vítor Pereira divulga novas regras para evitar ruído na arbitragem
Antes de divulgar a nomeação de Lucílio Baptista para o clássico Porto-Benfica, Vítor Pereira tornou públicas as novas regras de relacionamente entre a arbitragem e a comunicação social. O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) veio anunciar que a partir de agora a estrutura não comentará nomeações, prestações dos homens do apito ou declarações de dirigentes, promovendo ao invés balanços mensais junto dos jornalistas com a intervenção de um árbitro que esteja nomeado para a jornada seguinte. A iniciativa tem início a 28 de Novembro e Vítor Pereira explica que a CA recusa contribuir para o «ruído» que prejudica a arbitragem.



O antigo árbitro internacional justifica as medidas implantadas no contacto com a comunicação social com a intenção de «pôr as coisas no seu sítio correcto» no sentido de defender a «promoção do jogo e da actividade desportiva». Vítor Pereira destaca que «tudo o que seja ruído relativamente a esta matéria é prejudicial à actividade», pelo que a CA deixará de comentar declarações de dirigentes ou treinadores sobre as actuações dos homens do apito. «Não devemos contribuir para as animosidades que são criadas e veiculadas na opinião pública», justifica ainda o presidente da CA. E perante esta "nova ordem", Vítor Pereira esquiva-se a tecer considerações sobre o desempenho de Carlos Xistra no Benfica-Estrela da Amadora (3-1) de domingo, limitando-se a notar que a CA ainda não recebeu qualquer queixa contra o árbitro da direcção encarnada.
Entretanto a LPFP vai organizar um seminário «de dimensão internacional», conforme salienta Hermínio Loureiro, sobre a profissionalização da arbitragem. O presidente da Liga de Clubes esclarece que a ideia é discutir «sem preconceitos ou ideias pré-concebidas» a matéria, sublinhando que o evento vai contar com as «experiências de árbitros de outras Ligas que vivam ou tenham vivido o profissionalismo». Hermínio Loureiro não desiste assim da ideia de profissionalizar os homens do apito, apesar de algumas reacções contrárias, nomeadamente do presidente da Federação, Gilberto Madaíl, que considera inviável este projecto. Para Vítor Pereira as posições de oposição à profissionalização são normais. «Todas as mudanças têm como primeira reacção a resistência», constata o presidente da CA.


Foto: Agência Lusa

Notícias: 1ª Liga